Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Prólogo - Quando as lembranças persistem.

3 participantes

Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Leav Sex Abr 29, 2011 11:47 pm

Prólogo

A pressão em meu peito parecia querer fazê-lo explodir enquanto eu arfava, correndo como se não houvesse chão. Embrenhava-me nos matagais e nas folhas largas de palmeiras que pareciam multiplicar-se por aquela região. Por estar perturbado, o ferimento em minha cabeça nem mais doía como antes. O sangue não mais escorria, significando que o machucado não fôra tão profundo. De qualquer maneira, bater com a cabeça em uma pedra pontiaguda era uma experiência dolorosa. E esse era o menor dos meus problemas.

O barulho dos meus pés amassando as folhas secas no chão era audível, enquanto os inimigos aproximavam-se, sorrateiros. Suas patas macias pareciam ter sido desenhadas para aquele tipo de trabalho. Os caçadores estavam atrás de sua presa.

Gritar não adiantaria de nada, ninguém me ouviria. A aflição era tamanha que não conseguia parar para ouvir um pensamento ordenado sequer em minha cabeça. Ela ainda latejava, mas pouco importava naquela situação. Se eu não conseguisse escapar, minha cabeça seria estraçalhada de qualquer maneira. Talvez fosse aquela a pior experiência para um garoto de apenas nove anos: estar numa ilha deserta, sendo caçado por Pokémon selvagens logo após um terrível naufrágio. Imaginei que não poderia piorar, ainda correndo.

Freei, levantando poeira à minha frente. Junto à ela, pedrinhas pretas voavam até a escuridão de um precipício. O forte barulho d'água descrevia o que me esperava lá embaixo, certamente entre muitas pedras. Como que em instantes, os ruídos ofegantes do bando de Mightyena atrás de mim tornaram-se mais audíveis que qualquer coisa. Inutilmente, tentei defender-me com os braços ralados pelas quedas naquela perseguição selvagem.

Sem saída, fechei meus olhos com força, jogando-me para trás na direção do abismo. Senti o vento me fazer flutuar por uns instantes, até que o peso da água me espancasse como se eu tivesse caído de cima de uma laje. Uma pedra afiada cortou minha mão direita superficialmente, por sorte. Poderia ter sido a cabeça, afinal, mas tudo estava em ordem.

Lá de cima, os Mightyena observavam, decepcionados por terem perdido o jantar. Levado pela exaustão, eu, pobre menino de nove anos e alguns meses, fechei meus olhos quase que de forma magnética. Em questão de segundos, toda a adrenalina pareceu evaporar de meu corpo, deixando nada além do esgotamento. Fechei os olhos em sonho, abrindo-os para a realidade.


-------------------------------------------------------

Acordei já não tão assustado como das outras vezes. Respirei fundo, tentando parar de ofegar. Há oito anos, noite após noite, aquele mesmo pesadelo era ilustrado com riqueza de detalhes em minha mente. Os Mightyena, a ilha, a perseguição e o abismo; tudo parecia tão real que eu quase podia tocar, mas não passavam de lembranças. Lembranças inconvenientes que insistiam em não partir.

Olhei para o relógio na mesa de cabeceira. Marcava seis horas em ponto, horário em que sempre acordava. Não importava o sono em que estivesse, aquele mesmo pesadelo fazia-me despertar no momento em que o sol estava pronto para raiar.

Espreguicei-me com força, até sentir um desconforto na coluna. Meus olhos correram para o lado no mesmíssimo instante, notando uma bola de pêlos brancos e azuis enrolada em um pano rosado, dentro de uma cesta de palha grande. Alasca dormia profundamente, como sempre.


- Já acordou, não é?

Reconheci aquela voz rouca e doce de pronto. Dona Aretha era como se chamava a senhora de idade acima do peso que agora colocava metade do rosto para dentro do quarto, olhando-me com aqueles olhos cinzentos expressivos. Mesmo morando com ela desde cedo, qualquer um notaria que não tínhamos qualquer grau de parentesco, principalmente pelos tons de pele. Meu tom branquelo contrastava de forma quase ridícula com sua pele morena bem escura, tostada pelo sol da labuta.

- A senhora sabe que sempre acordo essa hora, vó. - Respondi, coçando os olhos.

Chamá-la de 'Vó' era uma forma carinhosa de tratá-la. Devia muito àquela senhora que me acolhera quando meus pais perderam-se no naufrágio. Se ia encontrá-los um dia ou não, isso eu não tinha certeza, mas sabia que com ela eu poderia contar a todo e qualquer instante, sem sombra de dúvidas.

- E essa sem-vergonha ainda tá no décimo sono, né. - Perguntou-me, franzindo seu nariz na direção de Alasca.
- Ela é assim mesmo. - Sorri, achando a situação engraçada.
- Vou fazer café agora. Comprei umas Leppas pra fazer um suco pra você se alimentar.
- Obrigado, vó, não tô com fome. - Cortei-a, seco. Toda manhã o mesmo discurso se escutava, no qual eu dizia que não conseguia comer tão cedo e ela retrucava que eu precisava comer bem.
- Nada disso, você precisa comer bem! - Ela respondeu, sem considerar minhas vontades. - Você ainda tá em fase de crescimento, rapazinho.

Sem mais prolongar a conversa, ela bateu a porta, acordando minha Oshawott em um susto que a fez saltar de seu cesto macio. Não adiantaria discutir; Vó Aretha era mesmo uma cabeça dura.

-------------------------------------------------------

Sob protesto - e já alimentado pelo suco de Leppa com adição extra de açúcar -, teria de cumprir minha missão do dia. Alasca posicionara-se em meu ombro, animada, enquanto eu subia na bicicleta vermelha velha de freio defeituoso, sem nenhum interesse. Estava devendo um passeio à minha Pokémon, algo sobre o que Vó Aretha me falava a todo o tempo. "Pokémon não é pra ficar dentro de quatro paredes", lembrava ela.

Ainda que parecesse uma aventura com seu lado interessante, a idéia de sair por aí batalhando contra pessoas que você nem conhece nunca me pareceu viável. Pelo contrário, achava isso uma grande maluquice, um meio de vida inconsequente que talvez fosse o responsável pelo país não progredir como deveria. Ainda que fosse uma opinião extremista, ela era minha e não estava disposto a mudá-la.

Mesmo desanimado, pus-me a pedalar. Alasca cantarolava na minha cabeça algo que parecia uma espécie de canção Pokémon, mas não podia parar para acompanhá-la com o violão enquanto guiava-nos na bicicleta. Como mágica, ouvir a voz da criaturinha fizera-me lembrar de quando a conheci, ferida, envolta na lama daquela tempestade.

A noite estava escura e fria demais para qualquer um se aventurar por aí, com rajadas de vento fortes arrastando até mesmo árvores pela rua. O tornado anunciado na TV passaria a uma distância considerável de nós, mas não sem deixar parte de seus rastros.
Enquanto lia uma revista sem qualquer compromisso dentro do meu quarto, algo bateu rápido na janela, estilhaçando a vidraça. Após o primeiro susto, pude ver o corpo franzino da Oshawott ali, insconsciente. Graças aos conhecimentos medicinais da Vó Aretha, pudemos mantê-la viva até que a tempestade passasse, quando a levamos para o Centro Pokémon de Niwei. A partir daquele momento, surgiu um laço de amizade poderoso entre nós dois. Ambos precisavam, de alguma forma, vencer a solidão.


- Shawot! - Berrou Alasca, despertando-me.

Com uma freada brusca, desvencilhei-me de uma pilha de Oran berries deixadas no meio da estrada por feirantes, quase causando um acidente. Pedalei até afastar-me, ouvindo alguns insultos e xingamentos. Alasca, de temperamento forte, apenas virou-se para quem nos ofendia, mostrando o seu dedo médio branquelo para os tais.
Ainda rindo, senti quando um cartaz prendeu-se ao meu rosto, fazendo-me perder o equilíbrio. De forma instantânea, eu e Alasca tombamos no chão, porém sem ferimentos, por sorte. Enfezado, desdobrei o pedaço de papel que grudara em meu rosto, vendo do que se tratava, afinal.


"Desafio da Liga da Fronteira. Derrote os líderes na Praça da União e torne-se um Campeão Pokémon reconhecido e remunerado."

Não pudia acreditar que um anúncio idiota daqueles havia me parado. Sem hesitar, rasguei o cartaz em vários pedaços, já voltando para minha bicicleta e pondo-me a pedalar novamente. Por fim, chegamos até uma pracinha na cidade, repleta de pessoas e de alguns Pokémon selvagens que se hospedavam nos bequinhos e nas árvores próximas.

- Não é divertido? - Perguntei a Alasca, a qual não parecia nem um pouco satisfeita.
- Wott. - Reclamou ela, fechando a cara.
- Vamos com calma, ok? Eu não tenho como te levar pra algum lugar com mais natureza que esse aqui. Eu sei que não tem muita coisa pra fazer, mas você pode ficar olhando as pessoas. Olha só que bacana o cheiro do ar fresco.

Enquanto tentava distraí-la, olhei para meu relógio de pulso. Sete e meia da manhã, exatamente. Só precisava mantê-la ali até as oito para voltar para casa com a sensação de dever cumprido. Por outro lado, até que seria interessante se algo novo acontecesse, pra variar. Quem sabe o que o destino pode nos reservar, não é verdade?
Leav
Leav
Admin

Mensagens : 32
Data de inscrição : 28/04/2011

https://monsterfactory.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Zap Sáb Abr 30, 2011 2:51 pm

Damien repousou por alguns minutos em um banco da praça. Observando o movimento, pessoas indo e vindo. Alasca, a pequena Oshawoot, não parecia muito confortável de estar alí, ficava apenas agarrada no braço de Damien olhando ao redor, contando os minutos pra voltar. Uma garota, não muito mais velha que o garoto, se aproximou. Com um ar metido e se sentindo superior, ela desfilava sobre um salto alto que desafiava as leis da física, uma saia laranja que mais parecia um cinto e uma camiseta amarela, provavelmente 2 números menores que o dela. Completamente inapropriada pra uma praça. Uma pequena criatura acompanhava seus passos, enfeitada por lacinhos amarelos. Era um pássaro laranja, com pequenas asas amarelos, trazia um ar mais metido que a da menina.

- Essa vila é tão ultrapassada que nem ao menos a limpam! Olha só pra isso Chick!


Damien demorou pra entender que ela estava se referindo a ele. Seu cérebro ainda tentava entender como um ser daquele habitava a terra
.

- Vamos batalhar garoto, eu geralmente evito esse tipo de contato por higiene, mas é minha única opção, pois quero me tornar a maior campeã pokémon da liga da fronteira! Vamos lá, essa chacota horrorosa deve saber alguma coisa né?
Zap
Zap

Mensagens : 53
Data de inscrição : 28/04/2011
Idade : 29
Localização : Recife

http://suchabrainstorm.tumblr.com/

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Leav Sáb Abr 30, 2011 3:13 pm

Uma garota estranhamente vulgar cruzou meu caminho, parecendo fazer com que o ar da praça ficasse mais pesado. Dirigiu-se a nós com suas indiretas, enquanto eu fiz-me de tolo. Brigar nunca adiantara de nada, não passando de uma imensa perda de tempo.

Superando minhas expectativas, a garota intimou-me para uma batalha. Cresceu em mim, no mesmo instante, uma vontade imensa de pô-la em seu devido lugar, mas eu não o faria. Batalhas Pokémon? Por favor, isso era para as pessoas comuns. Eu e Alasca não precisávamos disso. Nós estávamos acima de todo aquele conceito idiota de resolver tudo com uma luta rápida entre duas criaturas inocentes.


- Eu passo. - Respondi, ríspido.

Levantei-me do banco da praça, deixando-a pasma no mesmo lugar. Segurei minha bicicleta e olhei para Alasca, a qual tardava em saltar na direção de meu ombro.

- Vamos embora, Alasca.
- Shawott! - Ela recusou-se, descendo do banco com o sangue fervendo.

Olhei para trás, incrédulo. Repousei minha bicicleta junto ao banco, irritado com a situação. Ser chamada de "chacota horrorosa" realmente irritara minha Oshawott temperamental.

- Alasca, o que pensa que está fazendo? Você não tem preparo pra lutar. Você não sabe fazer nada além de comer e dormir.

O olhar da Pokémon voltou-se contra mim, demonstrando indignação. Cruzando seus braços pequenos, Alasca inflou suas bochechas brancas, desprezando-me. Bufei, sem crer que realmente teria de batalhar com aquela garota mal educada.

- Argh, ok. Mas fica claro que se nós perdermos eu vou te deixar internada no Centro Pokémon mais próximo por uma semana. - Ameacei.

A garota à minha frente esboçara um sorriso triunfante, como se estivesse contente por suas vontades estarem sendo feitas. Eu, por outro lado, jamais estivera tão contrariado. Peguei a Pokédex que carregava comigo por hábito, já que sempre a tivera, e apontei-a para o pássaro. Ouvi um bipe, seguido de uma luz vermelha acendendo-se. Estava recebendo seus dados.
Ainda com a Pokédex, apontei o aparelho na direção de Alasca, pronto para saber do que ela era capaz. Nunca havia batalhado antes, para meu azar. Senti-me nervoso demais, pela primeira vez.


- Por que essas coisas só acontecem comigo?
Leav
Leav
Admin

Mensagens : 32
Data de inscrição : 28/04/2011

https://monsterfactory.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Zap Sáb Abr 30, 2011 3:29 pm

A menina esperou com impaciência a cena dos dois. E num momento soltou uma risada aguda, de desprezo.

- Centro Pokémon? - falou ela entre as risadas - Ai, ai, você é uma piada! Tenho meu próprio enfermeiro pokémon particular que irá resolver qualquer problema meu, é só eu estalar meus dedos! E pelo visto não vou precisar dele hoje.

Damien simplemente ignorou a garota, não parecia que ia se intimidar com provocações desse tipo. Apenas pegou sua pokédex e escaneou seu oponente.


Prólogo - Quando as lembranças persistem. 255
Torchic #255
Spoiler:


Damien ficou boquiaberto com o ataque que ela possuía, Fire Blast devia ser um ataque bem forte, que ainda não deveria ter sido aprendido por um pokémon tão jovem.
A menina pegou também um aparelho parecido pra escanear Alasca, porém esse parecia mais tecnológico, devia ter custado caro.

- Impressionado, querido? Technical Machines não são caros pra mim, posso ter todos que quiser, a hora que eu quiser! Vamos lá Chick, Fire Blast!

A pequena pokémon começou a criar uma chama avermelhada a sua frente, mas parecia não saber manusear a técnica ainda, pois o fogo simplesmente queimou e cessou.


- Droga! Ainda nisso? Vamos lá! Argh, tanto faz, Scratch!
Zap
Zap

Mensagens : 53
Data de inscrição : 28/04/2011
Idade : 29
Localização : Recife

http://suchabrainstorm.tumblr.com/

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Leav Dom maio 01, 2011 1:52 pm

Eu não tinha a mínima experiência com batalhas entre Pokémon, mas sabia que um movimento traduzido como 'Explosão de fogo' não poderia ser algo bom. Aquela criaturinha era tão pequena, como poderia ter tanto poder escondido?

À medida que minha Pokédex bipava, pude coletar algumas informações sobre minha Oshawott.



Prólogo - Quando as lembranças persistem. 501Oshawott_Dream

Oshawott #501
Oshawott, o Pokémon lontra-marinha. Este Pokémon é conhecido por lutar usando a concha presa à sua barriga. Sua concha é feita do mesmo material que suas pequenas garras, sendo usada como uma espécie de espada para o combate contra seus inimigos. É um Pokémon aquático.

Olhei para os dados na tela de LCD, ainda meio confuso. Não sabia como proceder ao certo, mas tinha uma breve noção por saber que meu Pokémon tratava-se de uma criaturinha aquática. Inspirei-me, então, nas poucas vezes que havia visto batalhas Pokémon pela televisão.

- Alasca, use jato d'água! - Ordenei, pronto para ver o espetáculo. Segundo a Pokédex, meu inimigo era um Pokémon de fogo. Mesmo não conhecendo as vantagens de tipos de um Pokémon para outro, eu sabia que o fogo não poderia triunfar sobre a água de jeito algum.
- Wott... - Alasca virou-se para mim, frustrada. Parecia não conseguir fazer aquilo que eu lhe mandara.
- Não se preocupe, Alasca. Concentre-se! Faça força, ande!

Inspirada por minhas palavras, minha Pokémon fechou seus olhos, enrubescendo suas bochechas brancas. Era óbvio que estava tentando forçar algum tipo de poder aquático, talvez tentando canalizar algum tipo de fonte de água dentro de seu estômago. Para minha infelicidade, o inesperado ocorrera.

- Não acredito, Alasca. - Levei minha mão à testa, envergonhado.

Enquanto minha inimiga ria, uma poça formava-se debaixo de minha Pokémon. A água havia saído pelo lado errado.

- Nossa, você não podia se segurar um pouco? Que vergonha. - Expressei minha decepção.

Se eu estava envergonhado, não podia imaginar o estado de Alasca. Talvez eu não devesse forçá-la a fazer nada que ela não soubesse, pobrezinha. De qualquer maneira, eu simplesmente não sabia o que ordenar. Nunca havia batalhado antes, para meu fracasso. Sendo assim, resolvi improvisar.

- Ok, Alasca, foco. Ataque-o com o que você puder.

Dei as minhas ordens, receoso. Agora era esperar que meu Pokémon entendesse tudo direito e não mais mijasse no chão da pracinha, principalmente na frente de todos.
Leav
Leav
Admin

Mensagens : 32
Data de inscrição : 28/04/2011

https://monsterfactory.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Zap Dom maio 01, 2011 5:22 pm

Damien forçara tanto a capacidade da pequena Oshawoot, que acabou cedendo. Urinou bem no meio da batalha. A pequena lontra marinha ficou tão constrangida, que se não tivesse pelos na cara teria ficado vermelha. Pegou sua concha e tentou esconder seu rosto. A garoto começou a rir histéricamente, e seu pequeno pokémon a imitou.

- Hahahaha! Ai ai, Chick, não caia nessa distração barata! Scratch!


A pequena pokémon galinha avançou rapidamente, seus grandes pés em formato de garra brilharam e ela pulou para arranhar a Oshawoot. Porém ela acertou a concha, que protegia o rosto da pokémon, que apenas caiu de bunda no chão urinado, sofrendo pouco dano. Alasca ficou furiosa, guardou sua concha em sua barriga e pegou impulso se jogando contra a oponente, era um Tackle.


- Droga! Chick, Growl!
Zap
Zap

Mensagens : 53
Data de inscrição : 28/04/2011
Idade : 29
Localização : Recife

http://suchabrainstorm.tumblr.com/

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Leav Dom maio 01, 2011 10:06 pm

Fixei meus olhos em Alasca, espantado. Não é que a pequena filha da mãe tinha conseguido se sair bem? Senti-me animado por ver minha Pokémon se sair tão bem para um primeiro combate, o que gerou em mim um pequeno arrepio na espinha. Por um momento imaginei que talvez fosse aquele o verdadeiro motivo dos treinadores batalharem usando seus monstrinhos: era empolgante.

- Alasca, isso foi maneiro demais! - Disse, ainda pasmo. A criaturinha laranja à minha frente havia sido derrubada por um simples golpe corporal de minha Oshawott. E eu que sempre a havia achado tão frágil... - Alasca, faça isso de novo!

Eu não sabia o que dizer para minha Pokémon, mas talvez fosse bom ela repetir a mesma estratégia contra o inimigo. Sendo um treinador de primeira viagem, eu imaginava estar me saindo bem. Pelo menos isso.
Leav
Leav
Admin

Mensagens : 32
Data de inscrição : 28/04/2011

https://monsterfactory.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Zap Dom maio 01, 2011 10:37 pm

Chick, o Torchic da garota foi se levantando para seguir as ordens da garota. Damien se empolgara com a batalha, parecia que Alasca levava jeito pra coisa. A adversária começou a pegar ar para um Growl, que teria feito efeito perfeitamente, se não fosse pela cauda de Alasca. A pequena lontra marinha virara e começara a bater sua cauda no chão, chamando atenção da adversária e diminuindo sua defesa, era o Tail Whip.

Alasca parecia não estar seguindo à risca as ordens de Damien, que não sabia direito o que dizer. E assim a pequena Oshawoot se virou e começou a tomar impulso pra outro Tackle. Mas dessa vez Chick desviou, mostrando que não era inútil, e em seguida lançou seu grito, que diminuiu o ataque de Alasca.


- Isso! - exclamou a menina - Agora, Fire Blast!

Ao ouvir as ordens da garota, Alasca aguçou seus ouvidos pra ver se o que ela disse havia sido o mesmo que ele entendeu. Chick tomou fôlego novamente e começou a inflar seu peito, uma esfera de fogo começou a se queimar em sua frente e foi crescendo ameaçadoramente, a pobre Oshawoot pegou sua concha e tentou se esconder como antes, mas foi em vão. A esfera de fogo simplemente caiu no chão e foi se apagando inofensivamente. Alasca se aproveitou da situação para desferir um Tackle, dessa vez acertando.


- Droga, ela ainda não consegue! Esses TMs não funcionam! - a menina berrava e batia o pé, uma mimada e tanto.
Zap
Zap

Mensagens : 53
Data de inscrição : 28/04/2011
Idade : 29
Localização : Recife

http://suchabrainstorm.tumblr.com/

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Leav Dom maio 01, 2011 11:21 pm

Comecei a rir feito um bobão ao ver os pequenos movimento de Alasca. Balançar a cauda para distrair seu inimigo? Céus, era tão ridículo e genial ao mesmo tempo! Eu jamais pensaria em algo assim, de maneira alguma. As surpresas, no entanto, não paravam por aí.

O franguinho alaranjado mais uma vez tentara usar o golpe da outra vez. Mesmo com toda a ameaça explícita, o inimigo parecia não saber manejar direito a técnica, acertando sempre o chão, inutilmente. Alasca, por sua vez, nunca pareceu estar tão preparada. Quem não estava preparado era eu, na verdade.

Por fim, algo despertou-me a atenção. No momento em que o Pokémon da garota tentara lançar fogo à Alasca, essa usara de sua concha para defender-se. Eu já vira minha Oshawott retirar sua concha para brincar, mas jamais poderia imaginar que algo tão pequeno pudesse servir como instrumento de defesa. Vendo isso e lembrando-me da descrição da Pokédex, resolvi investir em algo que, até então, não havia tentado.


- Alasca, pegue sua concha e bata no pardal com ela! - Ordenei, um pouco mais seguro. Minha Pokémon parecia ser do tipo que executava ordens com eficiência. - Mas bata com força, veja se consegue bater na cabeça pra dar um nocaute!

Olhei para o rosto da outra treinadora, a qual parecia perdida. Por uns instantes, toda arrogância que ela demonstrara no primeiro ato daquela cena parecia ter ido por água abaixo. Talvez depositar esperanças em dinheiro não fosse uma solução tão boa quanto parecia. Eu, por outro lado, nunca me sentira tão satisfeito em ver a desgraça alheia.
Leav
Leav
Admin

Mensagens : 32
Data de inscrição : 28/04/2011

https://monsterfactory.forumeiros.com

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Lucas; Seg maio 02, 2011 10:37 pm

Alasca olhou para seu treinador e concordou com a cabeça, pegando sua concha com as pequenas patinhas brancas e começando a correr na direção de torchic da garota. Mal imagina o menino a besteira que ele tinha cometido, o Fire Blast de torchic acertava apenas o chão, mas com a aproximação de oshawott seu golpe de fogo pôde fazer efeito.

Vendo a explosão vermelha sair do bico do pequeno passarinho, Alasca colocou a concha novamente como um escudo, porém não teve tanta proteção, evitou que ela sofresse um dano maior, mas não evitou que ela se queimasse. Alasca rolou alguns metros e teve dificuldade para levantar, mas logo estava à mil, exceto pela falta de sua concha.


— Pule no rosto dela e use o Scratchl! — A menina do nariz empinado olhou por cima, ela queria que torchic se transformasse num verdadeiro galo de briga, e faria de tudo para conseguir vencer aquele menino.

Ela voltou a encará-lo com desdém, agora a luta estava no papo, Alasca estava sem sua preciosa conchinha mágica e prestes a ter o rosto arrebentado pelas garrinhas afiadas de Chick, o que aconteceria agora? Como oshawott poderia se livrar desse golpe?
Lucas;
Lucas;

Mensagens : 71
Data de inscrição : 28/04/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Prólogo - Quando as lembranças persistem. Empty Re: Prólogo - Quando as lembranças persistem.

Mensagem  Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos